Vamos viver que a vida é louca
Louca demais para não ser vivida
Vamos viver que a vida é curta
Curta demais para não ser cumprida
Se chorar é viver
Então chora
Que o riso quando tem de vir
Não demora
Se correr é viver
Então corre
Porque se fôr p'ra parar
Morre
Se gritar é viver
Então grita
Porque quando ficas rouco
A garganta pica
Se qualquer coisa e tudo é vida
Não pares de viver
Porque parar é morrer
E o bilhete é só de ida
Está frio.
E chuva, e vento
E um dia todos vamos morrer.
Talvez congelados,
Ou afogados,
Ou embrulhados na monção,
Mas essa é a maior certeza da vida,
Ela um dia acaba.
Para todos sem exceção à regra.
Tudo que nasce um dia morre.
É esse o temível ciclo das coisas,
Até o que construímos acaba,
Quando uma invenção nova
O substituí por algo mais avançado.
Até nós o fazemos com aquilo que não pertence ao nosso ciclo.
Ou será que pertence por ter sido feito por um membro dessa teia?
Oh mas afinal que sei eu desta matéria tão natural e filosófica?
Sim porque não existe nada mais filosófico do que a natureza.
Nem mil mentes humanas igualariam esta grande sapiência!
Mas uma vez mais como poderei eu constatar tal facto se eu faço parte dessa filosofia? Se eu sou uma mera peça deste infinito puzzle de magia que é o mundo? Como poderei eu desvendar o seu mistério se faço parte dele? Como poderei eu desvendar o meu mistério?
O mistério do Cosmos que me criou a partir de mil estrelas.
Como será que se formou o Cosmos? O que seria de nós se ele não existisse? Haveria algo semelhante ou nada? Tanta pergunta que não consigo responder...
A tais perguntas só o Criador sabe responder, afinal foi ele que criou tudo o que existe.
Tudo o que conhecemos e tudo o que não conhecemos (ainda).
Só pode ser uma mente brilhante o nosso Criador, para criar tão gigantesca obra de arte feita de fusões de cores e texturas.
Certamente é um artista.
Sim!
Deus é um artista
