sábado, 15 de fevereiro de 2014

Sem despedida

Foi bom.
Recordei o teu olhar, o teu sorriso, o teu rosto.
Gravei de novo os teus traços.
Alguns pormenores já havia perdido.
Mas a ti que te importa?
Preferias que me tivesse esquecido de ti.
Perdoa a minha falta de jeito para a arte de esquecer.
Mas assim lembras-te também de mim.
Desculpa se ainda sorriu-o quando te vejo.
Se ainda te procuro com o olhar.
Em breve partirei,
sem te dizer adeus.
Espero que não guardes rancor,
que eu também não guardei por não te teres despedido de mim.


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Sonhos que voam baixinho

Já sonhei muito e nada concretizei.
Já perdi horas de estudo a planear o futuro.
Mas o que é o futuro afinal?
Mera ilusão do cosmos, digo eu.
Não passa de um tempo verbal que conjugamos apenas para iludir a mente.
Se disso apenas não se tratasse, seria previsível.
O futuro é um misto de presente com o desejo do mudar.
É apenas o desejo de concretizar sonhos.