sexta-feira, 25 de abril de 2014

Olá, chamo-me morte e tu?



És fogo negro que arde em mim
Feitiçaria oculta feita à luz das velas
Vestes um manto carmim
E passeias nas vielas

Vens em silêncio até aqui
Agarras-me e levas-me
Luto! Luto! Luto! Luto contra ti
Fazes força e puxas-me

A tua respiração na minha ou vice-versa
Inspiras pela boca e sugas-me a alma
Fá-lo lentamente, sem pressa
Já perdi a esperança, mas ganhei calma

Apesar de lenta, a dor escolhe a abstinência
Já me entreguei: alma e corpo
Talvez sem consciência
De que já sou ser morto